VISTA AÉREA DA CIDADE DE SÃO MIGUEL DE TAIPU
A UM POUCO DA HISTÓRIA DE SEUS ENGENHOS
O Engenho Oiteiro foi o que mais contribuiu para a formação da cidade, construiu várias casas e uma vila de casa abrigar as pessoa mais importantes da cidade que podia viver de aluguel, pois todas as casa eram alugadas tendo inclusive ainda hoje algumas de propriedade de Oiteiro, algumas foram compradas pelos próprios moradores que ali nasceram e criaram seus filhos, outras foram compradas pelos comerciantes locais para expandirem seu comércio já todas ficam próximo do centro da cidade.
O Engenho Outeiro em tupi guarani significa “uma colina, pequena elevação de terra.” Seu principal dono foram o casal (1º Casamento) Lourenço Bezerra de Albuquerque Melo e Luzia Lins Cavalcanti de Albuquerque Vieira de Melo (ela descendente de Engenho Novo) desse casal dessa união nasceu um único filho Gilberto Lins Cavalcanti de Albuquerque. Do 2º Casamento de Lourenço Bezerra de Albuquerque Melo com Emilia Augusta Lins Vieira de Albuquerque, nasceram os filhos: Henrique Vieira de Melo (casou com Clóris Monteiro Vieira no ano de 1950), Joaquim Bezerra de Melo, Maria Augusta Vieira de Albuquerque Melo, Estelita Bezerra de Melo, Angelita Bezerra de Melo e Ester Bezerra de Melo.
Romancistas, poetas, roteiristas de cinema e cinegrafistas, além de escritores, se encantaram com a beleza e estilo francês, se inspiram para elaborar livros, filmes, ensaios e romances. Isto por que, na área urbana deste pequeno rincão paraibano, está encravado o Engenho Outeiro, internacionalmente conhecido por servir de roteiro para filmes de reconhecida fama, como Menino de Engenho, A Bagaceira e Fogo Morto
O Senhor de Engenho mais respeitados da região, educado e uma pessoa voltada para os interesses do município, organizado, foi um dos donos de engenhos da região que mais prosperou e modernizou a agropecuária no Nordeste do Brasil e por que não dizer no Estado da Paraíba.
O Engenho Outeiro tornou-se conhecido em todo Estado da Paraíba e a nível Nacional por ser o único do Estado que tinha uma Maternidade de Inseminação artificial; servindo de celeiro para muitos estudantes de medicina veterinária do Brasil e de alguns país como; Estados Unidos e Japão, que até aqui visitaram para conhecer a técnica de inseminação e reprodução de espécie bovina.
ENGENHO NOVO
O Engenho Novo foi visitado pela comitiva do Imperador Dom Pedro II em 1859, no início de sua formação, e no inicio dos anos 30 era de propriedade da Viúva dona Iaiá (Antonia Cavalcanti), que também não gostava do Verdadeiro nome, nos anos 40 já cansada por que não tinha filho veio para o engenho ajudá-la o sobrinho de dona Judite Lins, José Vieira para administrar o engenho e com a morte de dona Iaiá, José Vieira tomou posse do engenho e contratou para administrar o engenho o Senhor João Branco, com a decadência da cana-de-açúcar outras culturas passou a cultivar o algodão, onde tinha no engenho máquina de fiar o caroço, sendo feito do engenho também o Senhor Antonio de Retinha. O transporte para a sede do Município era feito no lombo de burros ou cavalos. Não havia médicos, só parteiras, e muitas crianças morriam antes de completar o primeiro ano de vida,como conseqüências das precárias condições de vida da época.
Esse Engenho que também foi da linhagem do Senhor Antonio Augusto Lins, que herdou da família de Joaquim Francisco (Quinca) por ter casado com uma das suas filhas, o engenho funcionou até os anos 70 onde encerrou as atividades de fabrico do açucar e aguardente, o Engenho foi comprado pelo Senhor Ribeiro Coutinho e depois o Engenho passou para os herdeiros ficando uma parte com o Senhor José de Painha como era conhecido e outra com Maria Helena que era casada com o Doutor João Crisostene onde mantinham um casamento só de aparência e tinham um casal de filhos.
Autoridades que frenquentava esse engenho:
José Galdêncio(Campina Grande), Sólon de Lucena(Bananeiras). Era presidente da Paraíba no período de 1920 a 1924, João Suassuna de Catolé do Rocha também visitou o Engenho Novo quando governador e o presidente da Paraíba de 1924 a 1928, sendo seu sucessor em seguida o Sr . Miguel Satiro de Patos também teve passagem no Engenho Novo, todos esses políticos famosos visitavam nossos engenhos como também o Outeiro sem que ninguém fizesse o seu registro.
Engenho Novo
Em 1911 o engenho ganhou uma foto histórica com os líderes policias da Paraíba na velha República, como Pedro Bezerra (Monteiro), Coronel José Pereira (Princesa) Inocêncio Pereira (cunhado do Coronel José Pereira), Matias Rolim( Cajazeira) Oscar Soares (tio do comediante Jô Soares e Celso Rolim(Sousa), também visitavam constantemente o nosso Engenho Novo.
ENGENHO ITAPUÁ
Data do inicio de sua fundação ano 1600, logo após a expulsão dos franceses da Cidade de Nossa Senhora das Neves, nesse Engenho viveu o pai e onde nasceu André Vidal de Negreiro, nascido no ano de 1606 e Itapuá conforme narra Jaboatão (Filho de Pilar), tomado pela sede do ouro que se falava nas margens do Rio Paraíba, apareceram os aventureiros espanhóis vindo de Pernambuco e subiram o rio, provavelmente antes de Olivedos Ledo ou nessa mesma época, seguiam com eles missionários catequeses dos índios onde subiram até Fagundes onde os feroz índios da tribo tapuias empurraram eles de volta onde vieram encontrar muito outro no Pilar.
A origem do nome Itapuá deu-se de uma tribo indígena (Tapuias) que viveu muitos anos antes de sua fundação nessa região descente dos tabajara que subiam pelo rio São Domingos (Rio Paraíba) iam de encontro com os cariris de Pilar e Itabaiana.
O Engenho Itapuá foi visitado pela comitiva de Dom Pedro II (quando em visita ao Pilar) em 1859, é um dos engenhos mais antigo da várzea do rio Paraíba, que despontou o coronelismo no período da velha república e foi celeiro da escravidão seu dono Coronel Ursulino possuía no seu engenho cerca de uns 500 escravos que não gostou quando a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea esse homem ficou desesperado e xingando para todos os lados a ponto de dar “banana” para a decisão da Princesa que ninguém sabe como os boatos foram chegar ao seu conhecimento o que ocasionou de ela mandar uma expedição vir a Paraíba buscar o braço desse coronel que entrou em desespero entrando para o sobrado do engenho e ficando ali escondido e quando a guarda chegou ao engenho encontraram o coronel suicidado, mas segundo contam que o seu enterro nunca aconteceu por que o corpo sumiu sendo enterrado em seu lugar um “rolo” de bananeira. Conta-se que desse dia em diante ninguém ouviu mas falar nesse coronel ele era respeitado em toda várzea do Rio Paraíba e dizem alguns moradores do engenho que dessa data em diante não tinha quem ficava até altas horas dentro do engenho que saia assombrados com os gemidos que era escutados e na ponte do riacho onde tinha uma suporte forca ficou aparecendo um bode preto que assombrava quem ali se atrevia passar por certa hora da noite. Como todos os engenhos a Santa protetora desse engenho era Nossa Senhora das Angustia que tinha sua imagem colocada na parede dentro do engenho sendo esta feita de cerâmica estrangeira, não se sabe dizer de que pais foi trazida essa cerâmica com a imagem da santa decorada nas cores azul e branca, que com a invasão pelos posseiros foi arrancada da parede a imagem
O Engenho Itapuá foi comprado por Senhor José Lins Cavalcanti de Albuquerque (Bubu de Corredor), doado a Maria Cavalcanti Lins (Maria Menina) mãe de Henrique Vieira de Melo (Vieirinha).
O Engenho Itapuá está localizado a pouco menos de 1 Km da BR 230 e a 5 Km da sede da cidade seguindo pela vargem do Rio Paraíba. Esse Engenho pertenceu ao Major Ursulino, sendo depois comprado por seu BUBU ( José Lins Cavalcanti de Albuquerque) pai de Maria Lins Vieira de Melo nascida no ano 1881 e falecida no ano 1965, (Maria menina) como era conhecida, viveu 84 anos e casada com Henrique Vieira Dàlbuquerque Melo, ele nascido aos 25 de março de 1885 e falecido em 21 de junho de 1926, viveu apenas 41 anos, Maria Lins tinha como filhos:Antonio Vieira de Albuquerque, Lourenço Bezerra de Albuquerque, Henrique Vieira de Albuquerque (Vieirinha) , sendo desse Engenho o Senhor Vieirinha herdado da sua mãe, a Fazenda Santa Lúcia no Café do Vento, Vieirinha tornou-se popular por ser o terceiro Prefeito do Município de São Miguel de Taipu onde deixou como marco na sua administração o calçamento do Mercado Público que quando chovia ninguém conseguia subir nessa calçada que era muito alta e escorregadia e construção dos degraus da Igreja Matriz que ninguém marcava casamento no período do inverno por que senão corria o risco de se atolar na subida que era de barro
Igreja Nossa Senhora das Angusta
Foi nessa Igreja onde foram enterrados os restos mortais de Maria Lins e de seus netos, ambos falecidos em conseqüência de acidente de automóvel, tendo em vista que a ponte sobre o rio Paraíba teve a sua inauguração no ano de 1950 e sendo construída outra no ano de 2007 tendo em vista a instrutura da primeira ponte está comprometida com os desgaste do tempo.
Jazigo de Maria Lins enterrada nessa igreja
Igreja Santa Lúcia
A terra onde estão as comunidades de Café do Vento e Fazenda Santa Lucia pertenceu originalmente a família de dona Maria Lins conhecida por Maria menina que criou o escritor Jose Lins do Rego quando a mãe dela morreu. Naquela época funcionava o Engenho Itapua cujo domínio se estendia até as terras da atual comunidade de Corredor e Engenho Maravalha. Eram grandes produtores de cana de açúcar. O engenho possuía grandes áreas de matas e os rios Curimataú e Paraíba que atravessam toda a propriedade. No engenho existiam também plantios de agave e algodão normalmente plantados pelos trabalhadores moradores do sitio. Após a morte da proprietária da área foi divididas entre os dez engenheiros que posteriormente venderam as terras para o Engenho Outeiro (lado oeste) e no lado leste para a usina São João onde hoje encontra – se a comunidade de Itapuá área de assentamento rural recente. As terras restantes ficaram conhecidas como Fazenda Santa Lucia e Café do Vento esta ultima por causa de um hotel que existia há cerca de 50 anos atrás.
ENGENHO TAIPU
O nome Taipú originou-se de uma tribo muito feroz que habitou a região chamados Tapuias os Potiguares habitou até a altura de Espírito Santo indo até serra da Raiz.a partir daí até Serra da Borborema ficavam os cariris acima daí os ferozes Tapuias.
Os Taipuzeiros como era conhecido por toda região da várzea do Paraíba, por mais de um século eles imperaram as várzea do Rio Paraíba (antes São Domingos). A vinda de Pernambuco no inicio do século passado logo após a Proclamação da República, os Lins,ou melhor os Taipuzeiros,nome advindo do engenho Taipú,um dos inúmeros Bangüês da família, foram senhores de Baraço e cutelo na região onde predominava a cana flor de Cuba até a revolução de 1930. De Pilar até ás várzeas do Rio Goiana, para o sul,subindo e seguindo até o leste, até João Pessoa,mandavam os Taipuzeiros. Não havia festa política ou religiosa sem a ordem desse puséramos. Até as arvores,cercas e porteiras dos engenhos dos Taipuzeiros eram sagradas.(terra em dois estados).Qual quer moradores dos coronéis tinha um tratamento diferenciado das que habitavam as cidades do Pilar, São Miguel,Espírito Santo, Pedras de Fogo e Itambé, quem cometesse um delito em qualquer dessas cidades, não poderia ser preso,após alcançar a cerca ou uma arvore de uma das propriedades de Taipuzeiros era só gritar “vale-me arvore coronel fulano de tal”.
Comenta-se que nem a Lei Áurea diminuiu o poder dos Taipuzeiros que continuaram acumulando riquezas e ampliando fronteiras do império com o trabalho escravo, no cultivo e preparo do açúcar bruto e o algodão colhido com braço escravo dos moradores.
Com a decadência e as desavenças no seio da família. Após o desaparecimento do patriarca e fundador do Clã o coronel José Lins.
Em 1930 (período da Revolução) a força dos Taipuzeiros já estava reduzida a metade. Depois que o Clã morreu léguas e léguas de terra desapareceu e alguns dos Taipuzeiros quase morreram na mendicância, pouco tempo depois sumiu quase tudo,dum patrimônio fabuloso que se estendeu a uma dezena de municípios em dos estados restam dos descendentes do Taipuzeiros duas pequenas,glebas de pouca serventia (a ferra do próprio engenho) com poucas hectares de terra.
O Engenho Itaipu não sem tem uma data precisa de quando ocorreu a sua fundação, o nome também tem histórico indígena devidos ser muito grande a influências de tribos indígenas na região e os (Tapuias) inspirou alguns nome de engenhos na região, esse engenho também foi visitado pela comitiva do Imperador Dom Pedro II em 1859, nessa época não se sabe o certo se era realmente seu “ NUM” o primeiro dono, mas o engenho tinham um grande número de escravos o que dar ao entender que a sua fundação data dos anos de1800 e que também os donos eram conhecido como carrasco que por qual quer besteira estava jogando escravo na fornalha, principalmente os mais velhos que não mais prestava para o serviços braçal, comenta-se os mais velhos que era uma tradição no inicio da moagem de jogar um escravo na fornalha, como um ritual satânico, comenta-se também que era comum encontrar na mata acima do engenho ossadas de escravos com a corrente ainda presa nos calcanhares e no pescoço.
Esse engenho era um dos citados nos romances do Escrito Zé Lins do Rego onde o poço das pedras ficava a entrada para o Engenho ITaipu, mas não se tem noticias que foi feito alguma filmagem nesse engenho, era citado por ficar mais próximo do Bela Rosa (Corredor) e por ser o Coronel Paulino do Pilar parentes dos taipuzeiros como eram conhecidos na região.
Foi desse engenho que saiu o primeiro prefeito da cidade.
ENGENHO MARAVALHA
O nome Maravalha, significa” Gravetos para fogo; acendalhas”. Os primeiros donos deste Engenho Maravalha foram: João Lins Cavalcanti e Luzia Lins da Veiga Pessoa, da união desse casal nasceram os seguintes filhos: Emilia Augusta Lins Vieira de Melo (mãe de seu Lola), Ana Adelaide Lins V.Cavalcanti, Henrique Lins Cavalcanti (que mudou para Minas Gerais, tomar conta de uma fazenda), Alice Lins V. Cavalcanti, Gentil Lins , Rubens Lins Cavalcanti (pai de Dona Montinha de Corredor), Cynthia Lins Cavalcanti (casou-se com filho de Taipu) e Maria da Assunção. Não se sabe a data exata de sua fundação, mas foi feito de material não muito resistente devido a dificuldades de tijolos de fabricação caseira que ainda não dispunha no Engenho, por isso, a casa Grande já não existe devido a fragilidade da construção.
O Coronel Gentil Lins foi o herdeiro do Engenho Maravalha tinha duas filhas: Judite Lins e Dona Cecília Lins, que com a morte dos pai lutaram bravamente para não perderem o engenho e suas terra, chegando inclusive a se entrincheirarem armadas de unhas e dentes para enfrentar os seus inimigos que queriam tomar o engenho, Judite casou-se com Abílio Costa e não tiveram filhos, tiveram um filho adotivo(Antonio) que era como era conhecido pelo apelido de Antonio Fon.
Nos fins dos anos 30, o Engenho Maravalha, entrou em decadência e em 1942, o engenho foi vendido a Lourenço Vieira de Albuquerque (Seu Lola) que era dono da Fazenda Beleza, por uma quantia de 200 mil réis vendida por dona
Cecília e vindo morar na cidade em uma casa construída de lado da Igreja Matriz.
O Engenho tinha deixado a pouco tempo de moer e de fabricar cachaça, o engenho estava em bagaços; seu Lola ajeitou e colocou novamente a funcionar, conta-se que no alambique ainda se encontrava uma grande quantidade de cachaça da muito boa.
Corriam uns comentários na redondeza que seu Lola era muito mão de “vaca” que queria que seus moradores trabalhassem praticamente de graça pagando dois dias de foro e não podia trabalhar em outro lugar sem antes pagar esses dois dias de graça pois ele era um péssimo pagador. Dona Bebé era a esposa de seu Lola e não gostava do verdadeiro nome (Francisca) quando alguma morador perguntava pelo nome dela ela desconversava, comenta-se que ela era muito atenciosa com os seus moradores e gostava de levar uma boa conversa e era muito visitada pelas senhoras dos engenhos vizinhos.
ENGENHO LAGOA PRETA
A origem do nome deu-se de uma lagoa de água muito turva que tinha por trás do engenho, que com o alargamento do rio Paraíba essa lagoa já não existe a muito tempo. O Engenho Lagoa Preta não se sabe exatamente a data de sua fundação (sua terra serviu de passagem) quando a comitiva de Dom Pedro II, quando em (visita ao Pilar), mas esse engenho foi comprado por uma família de sertanejo bastante conceituada no sertão da Paraíba, que resolveu sair de suas terras para comprar um engenho mais próximo do litoral onde oferecia melhores condições de escoar a sua produção de suas lavouras que eram grandes plantadores de frutas e cana-de-açúcar, e por ser mais fácil o acesso ao Porto da Capitania.
Não se tem certeza a quem pertencia as terras do Engenho. Ana Luis Vieira de Melo (Sinhá Nóbrega) e Dr. Francisco Gouveia de Nóbrega, seus filhos: Getúlio Gouveia Nóbrega, Francisco Gouveia Nóbrega Filho, Arnouh Gouveia Nóbrega, Carlos Gouveia Nóbrega, Alberto Gouveia de Nóbrega e Gilberto Gouveia de Nóbrega.
rupo de Jovem seguidores Mistas de Comissário da Academia de Santa Gestrudes de Olinda –PE em visita ao Engenho Lagoa Preta em Novembro de 1928, sendo Nina Nóbrega a terceira da esquerda para a direita.
Gilberto Gouveia de Nóbrega Filho, nunca casou, mais teve um casal de filho com a empregada da casa, Maria da Paz, filha de dona Maria Lucas, moradora do engenho, o romance de Gilberto durou até enquanto seus pais eram vivos, conta-se que dona Sinhá Nóbrega era uma mulher muito vaidosa e mesquinha não permitia que um morador pegasse uma fruta no seu pomar, na sua casa não permitia que ninguém comessem nos seus pratos que era de fino trato (Baixela nobre), ela tinha a fama de orgulhosa por que não gostava de falar com os mais pobres. Seu Gilberto pai de Gilberto filho, aceitou o romance do filho com a empregada Maria da Paz “mas comeu o pão que o diabo amassou” para suportar a sogra e a cunhada que faziam de tudo para separar os dois e com a morte do Senhor Gilberto o fato foi consumado. Maria da Paz foi praticamente expulsa do engenho pela irmã de Gilberto dona Nina que não queria
Maria da Paz mas queria criar os sobrinhos. Por ser Nina madrinha de Gilda essa foi criada com todo dengo a ponto de rejeitar a própria mãe
(Maria da Paz), já o Gildo era carinhoso com a sua mãe que sempre visitava ela em Itabaiana onde ela passou a residir e formou nova família onde teve um casal de filho a menina se chamava Carolina (Carol) e o menino se chamava Flanklin ( já Falecido). Gilda e Gildo com a morte dos pais em 1978, passaram a administrar a Fazenda, Gildo casou-se com a jovem Rosa de Lourdes Borges, onde tiveram 5 filhos; Valquiria , Janaína, Júnior, Germano e Raquel. Nos anos 70 com a morte trágica de Gildo, Rosa de Lourdes, mudou-se com os filhos para viver em João Pessoa, onde reside até hoje, uma de suas filha Janaína, reside na Alemanha.
E onde pewrmanece com o bueiro em pé do Engenho Lagoa Preta que permanece em pé e com a reforma em 2008, traz as inscrição com o nome da fazenda.
Lagoa Preta pertence hoje ao Empresário Preto dono da rede de supermercado BEMAIS
A trajetória de Zé Lins
O título do documentário é expressivo porque aborda exatamente o aspecto mais revoltante e relevante do material pesquisado, filmado, gravado e editado pelo cineasta e professor universitário, que, como o autor destas linhas, tem confessa veneração, quase religiosa, pela obra do escritor tão importante quanto relegado a um injusto plano inferior. O conjunto arquitetônico desaparecido e o solo em seu redor ocupado por militantes sem-terra não têm o valor intrínseco da obra literária do homem que lá nasceu e passou a infância, mas suas ruínas denotam a incapacidade do Estado brasileiro de zelar por bens que não poderia ter deixado destruir. A casa onde nasceu outro grande escritor, da geração de Zé Lins, João Guimarães Rosa, em Cordisburgo, nos sertões do Norte de Minas Gerais, e a vendinha de seu pai, ao lado, são o exemplo oposto de como devem servir e funcionar prédios nos quais se fez história ou se produziu cultura. O turista que vai à pequena cidade conhecer a gruta de Maquiné, em seu território, tem oportunidade de ver os locais onde o autor de Sagarana nasceu, viveu e colheu as histórias e o estilo dos tropeiros e tangerinos que paravam para fazer compras e jogar conversa fora no armazém. A visita serve de esclarecimento e estímulo a serem acrescentados à leitura da fabulosa fortuna crítica sobre a grande personalidade que ali viveu seus anos de formação. Tendo sido José Lins do Rego o mais acurado retratista em palavras da decadência dos engenhos de açúcar, de cujos produtos viveu o Brasil em seus primórdios, mais falta ainda faz sua paisagem hoje às gerações que nem sabem o que foram engenhos nem aprendem que aquelas ruínas já falam de uma segunda derrocada, a das usinas, que substituíram estes engenhos
Tive o privilégio de ler, ainda adolescente, os romances de José Lins do Rêgo. As páginas envolventes de “Menino de Engenho”, “Doidinho” e “Fogo Morto” povoaram minha imaginação com imagens da cidade de Pilar e do Engenho Corredor, também conhecido como “Santa Rosa”. No dia 30 de Maio de 2008, tive a oportunidade de confrontar as imagens idealizadas pela minha mente com as “reais” obtidas a partir de observações do local. A oportunidade surgiu com uma viagem – denominada “expedição fotográfica à cidade de Pilar/PB” – realizada com o propósito de registrar em imagens alguns cenários relacionados ao universo geográfico e cultural da obra de José Lins do Rego.
Trata-se de uma programação alusiva à comemoração, em 2008, do ano cultural José Lins do Rego, promovida pela Secretaria de Educação do Município de João Pessoa. A expedição, deste dia, envolveu o professorado de Artes e Educação Física. Na mesma semana, outras turmas de docentes das áreas de História, Geografia, Ensino Religioso, Português e do Fundamental I realizaram o mesmo roteiro. Tais disciplinas foram envolvidas para se articularem em torno de um projeto interdisciplinar. Considero tal iniciativa muito importante porque ajuda a familiarizar o professorado e o alunado com as principais personalidades da arte e da cultura paraibana. A minha participação foi possível porque integro a equipe de ministrantes da formação continuada da área de Artes Visuais, o que revela uma importante articulação entre o Ensino Superior e a Educação Básica, entre a UFPB e a Prefeitura Municipal de João Pessoa.
A viagem permitiu-nos, além de uma aproximação maior com o professorado de artes da rede municipal, conhecer a histórica cidade de Pilar, fundada em 1885, e nos surpreender com o abandono ao qual está submetido o famoso Engenho Corredor, local onde José Lins do Rego nasceu e viveu sua infância. Pude realizar algumas fotos, cujas imagens e impressões impulsionaram-me a escrever como uma forma de protesto.
O imponente, glorioso e instigante engenho dos relatos de José Lins está ameaçado de desabamento, transformado em escombros, em abrigo de maribondos e morcegos, cheio de pichações no seu interior. Em vez de reforçar o prazer, provocado pela memória dos textos de José Lins, tive receio e medo ao adentrar no Engenho na situação atual em que se encontra. A Casa Grande do engenho e as demais habitações e armazéns parecem um cemitério abandonado.
Esta situação não pode continuar.
Vivemos um momento no qual o Governo Federal, via o Ministério da Cultura, incentiva a criação de museus e bibliotecas. Há várias linhas de financiamentos, as quais podem ser facilmente localizadas no site oficial do referido Ministério. É preciso impedir que o conjunto arquitetônico, tombado por meio do Decreto Estadual nº. 20.137, de 02 de dezembro de 2008, desmorone.
O Ministério Público Federal formalizou, em 2007, uma ação ajuizada com o objetivo de garantir a recuperação e a preservação do patrimônio histórico do Engenho Corredor, tendo como réus os proprietários, que especulam com a destruição do patrimônio cultural, o Governo do Estado e o IPHAEP, omissos ao assistirem passivamente à destruição.
O Engenho Corredor é um importante exemplo do que fazemos com a nossa memória e o nosso patrimônio cultural: deixamos que vá ruindo até desaparecer, quer seja por uma restrita visão comercial ou por uma simples omissão governamental.
A Paraíba está fazendo com a memória de José Lins, o contrário do que faz a cidade de Granada, no sul da Espanha, com a memória do poeta Frederico Garcia Lorca. Em Granada, tive o privilégio de visitar, por exemplo, a casa da família Lorca, onde viveu o poeta de 1926 até o início da Guerra Civil espanhola, em 1936, quando foi assassinado por nacionalistas, acusado de subversão, por nutrir visões socialistas e por se assumir como homossexual. A casa de Lorca está preservada, com o mobiliário da época. Integra um importante roteiro turístico e cultural, ao lado do imponente conjunto arquitetônico conhecido como “Alhambra”, castelo construído pelos islâmicos, além das das tradicionais casas decoradas com pratos de cerâmica e plantas que tão bem caracterizam a bela cidade espanhola de Granada.
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