quinta-feira, 15 de junho de 2017

UM POEMA A SÃO MIGUEL DE TAIPU

                              Meu Pedaço de Chão (Escritor Fernando Targino da Cunha)

Quando nasci, foi de parto natural;
cama de colchão de capim e casa coberta de palha;
o verde da mata intocada ainda reinava por todos lados;
As margens do rio Paraíba foi enterrada o seu cordão umbilical;
Vida essa tão simples que eu tanto gostava foi tirada de mim e transformada;
Eu tinha a simplicidade: andava de pés no chão;
Tomava caldo de cana e brincava na bagaceira;
Dormi em engenhos e acordei em plantação;
Mas queres saber o quanto sofri?
Quantas lágrimas derramei, quantos calos nas mãos fiz;
Andei de pau de arara e seus filhos foram bóias frias;
Derramei meu suor nesta terra onde hoje piso;
Me esforcei pra fazer desse mundo um paraíso e enfim;
Meu esforço foi em vão, o mundo está mudado...
Como eu: Bem vindo nesse lugar!
Ofereci diversão de toda qualidade: Forró pé de serra, Lapinhas e Quadrilhas no São João;
Coloquei seu nome na Internet para que seja conhecida no mundo;
Mostrei que você tinha uma Identidade,mas precisava ser reconhecida no mapa;
E hoje?
o Que resta de mim?
Resta-me a cultura que não deixei ir embora;
Escrevi ao seu nome a sua história, descobrir e desenterrei seu passado nos engenhos;
Juntei pedras por pedras e madeiras que guardasse a tua história;
Trago do seu povo retraço da arte que conquistei;
A arte da coragem de escrever, a grandeza da brandura que tu esconde;
A pureza da bondade de seu povo e a agricultura seu maior tesouro;
E tu?
O que ainda querem de mim?
Dei tudo que precisava, te descobri para o mundo;
Te dei glória sem fim e tua ingratidão não vê que só quero o teu bem!
Eu só quero de ti, ser lembrado um dia quanto partir.

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